O cérebro é o órgão mais desafiador do corpo humano. Mesmo com a constante evolução da medicina, ainda há muito a descobrir sobre o “chefe” do nosso corpo. Uma descoberta interessante feita há pouco tempo confirmou benefícios cognitivos importantes adquiridos ao aprender novos idiomas. Além de assimilar outra linguagem, aprender uma nova língua melhora a habilidade de tomar decisões e ainda ajuda a atrasar o desenvolvimento de doenças como o Alzheimer. 

Ainda precisa de uma forcinha para começar a estudar? Confira aqui os quatro motivos pelos quais você deve começar a aprender uma nova língua:

1- Atraso na evolução de doenças como Alzheimer e demência

Uma equipe canadense constatou que falar mais de uma língua envolve uma atividade neural que protege o cérebro do Alzheimer e de outras disfunções cognitivas. Detalhes do estudo foram divulgados no Journal of Neurolinguistic, de Montreal, no Canadá. 

Comparando dois grupos de idosos distintos, um de pessoas bilíngues e outro não, enquanto eram submetidos à atividades de raciocínio lógico, os bilíngues utilizaram menos áreas do cérebro, como a frontal, justamente a região mais afetada por doenças como Alzheimer e demência. A simplicidade do funcionamento do cérebro dos que falam mais de um idioma ajuda o cérebro a manter-se na ativa com menos esforço. 

Além disso, os cientistas ainda trabalham com a hipótese de que as pessoas multilíngues são capazes de compensar a perda de tecido relacionada ao Alzheimer, acessando redes alternativas ou outras regiões do cérebro responsáveis pelo processamento de memória. 

2- Cérebros mais ativos e flexíveis

De acordo com as educadoras especializadas em bilinguismo, Nancy Zelasko e Beth Antunez, pessoas que falam dois idiomas têm os cérebros mais ativos e flexíveis porque exercitam mais as atividades intelectuais quando pensam e falam em línguas diferentes.

Ellen Bialysto, professora e psicóloga, também contribuiu com o estudo quando comprovou uma relação entre o bilinguismo e um melhor desempenho em atividades lógicas. Durante uma pesquisa com crianças, foram dadas algumas atividades sobre resolução de problemas para medir atenção e análise.

O grupo bilíngue mostrou-se melhor nas tarefas não linguísticas. Porém, não houve diferenças encontradas entre os grupos nas tarefas linguísticas. Estes resultados indicam que os bilíngues usam sua vantagem linguística para dominar as não linguísticas, tornando-os mais capazes de usar a lógica para resolver possíveis problemas.

3- Melhor capacidade de tomar decisões 

Segundo estudo da Universidade de Chicago, o cérebro bilíngue “aprende” a tomar decisões de maneira mais racionais: quando pensamos sobre um assunto em outra língua, o lado racional do cérebro se sobrepõe ao emocional.

Nos experimentos, os psicólogos perceberam que, quando situações em que decisões importantes precisavam ser tomadas eram apresentadas em idiomas estrangeiros, os participantes eliminavam a aversão ao risco. Ou seja, a escolha era sempre racional.

Os pesquisadores afirmaram ainda que mesmo declarações de amor não têm o mesmo efeito emocional para o ouvinte quando são pronunciadas em um idioma estrangeiro ao dele. É como se nós não sentíssemos as mesmas emoções quando falamos outra língua. Parece que precisamos mais do lado racional para falar outro idioma, e, então, deixamos as emoções mais escondidas.

4- Sua percepção começa a ficar mais aguçada 

Segundo estudo feito na Universidade de Pompeu Fabra, em Barcelona, aprender uma nova língua modifica e refina a percepção do mundo como um todo o que torna-se uma vantagem competitiva profissional importante. 

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